Santo Antônio da Patrulha limita-se ao norte com Rolante e Riozinho, ao sul com Viamão e Capivari, a leste com Osório e Caraá e, a oeste com Taquara, Glorinha e Gravataí.
Santo Antônio da Patrulha está distante 76 km de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, cuja ligação pode ser feita pela BR 290 (autoestrada Freeway) e pela RS-30.
As mesmas rodovias ligam o município à Osório. Já a BR 101 conecta a cidade ao centro do país.
Por meio da RS 474, Santo Antônio da Patrulha liga-se aos municípios de Rolante, Taquara e à Serra Gaúcha.
O município de Santo Antônio é dividido por duas bacias hidrográficas. Na área plana, formada na grande planície lacustre, característica do Litoral Norte do RS, encontra-se a bacia do Rio Gravataí, cuja nascente localiza-se no banhado do Chicolomã, sendo alimentada por dois arroios que cortam a área urbana.
Originária no Município de Caraá, a bacia do Rio dos Sinos corta o município com suas águas sendo utilizadas para agricultura e pecuária.
O clima do município é caracterizado por uma temperatura média anual de 20 °C, sendo a média das temperaturas máximas de 23,8C, e a média das mínimas de 15,4 °C. A temperatura máxima absoluta observada foi de 38,4 °C e a mínima de 0 °C. Quanto ao regime de chuvas, o mês mais chuvoso é o mês de setembro, sendo abril e maio os meses de menor precipitação.
A economia de Santo Antônio da Patrulha é diversificada, baseada no setor agropecuário, na indústria metalmecânica e no setor alimentício. Esse voltado especialmente para a produção de produtos naturais derivados do melado, como a rapadura, comercializada em várias regiões do país e para o Exterior.
O município, beneficiado pelos modais rodoviários estratégicos, encontra-se hoje no centro das atenções dos novos investimentos que chegam ao Estado, sobretudo, no que diz respeito à logística de produção, escoamento e descentralização de expansão industrial.
Por outro lado, tem recebido importantes empreendimentos na área da hotelaria, gastronomia e modernos complexos comerciais, além de inúmeros loteamentos que expandem continuamente a área urbana.
Santo Antônio da Patrulha conta também com a presença de um Campus regional da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) desde 2009 (Campus FURG-SAP), onde são oferecidos de cursos de graduação e pós-graduação voltados às áreas de Ciências Exatas, Engenharia e Administração e de um Polo da Universidade Aberta do Brasil, Polo Universitário Santo Antônio, que oferece graduações na modalidade à distância desde 2007.
Mais recentemente, Santo Antônio da Patrulha volta-se para o turismo. Podemos destacar entre as principais ações a criação do Caminho Gaúcho de Santiago, a revitalização da área urbana e de pontos turísticos e a mobilização da comunidade para a transformação da cidade num importante destino turístico do Rio Grande do Sul.
A cultura patrulhense recebeu influência de vários grupos étnicos, tais como poloneses, italianos, alemães, africanos e indígenas, mas predominam manifestações culturais de origens luso-acorianas como o Terno de Reis, as Cavalhadas e o Baile de Masquê.
Portugal, país fervorosamente católico, legou às terras por ele descobertas, além da língua e da religião oficial, traços de sua religiosidade popular perpetuado pelos descendentes dos primeiros povoadores. Entre eles, encontra-se o Terno de Reis, originado da fé e transmitido através de gerações pelas vozes dos “Tiradores de Reses”, que se fazem ouvir durante o período que antecede o Natal até o dia de Reis, 6 de janeiro.
Acompanhados por instrumentos musicais, ouve-se o canto característico “Meu Senhor Dono da Casa”, identificando uma região, uma comunidade ou até mesmo uma família.
As letras dos Ternos referem-se em versos singelos ao Menino Jesus, às passagens bíblicas, à fuga da Sagrada Família, à visita dos Reis Magos, além de outros temas improvisados de acordo com o momento. Alguns versos seguem o padrão semelhante aos cantados pelos antigos no Arquipélago dos Açores
Trata-se de um torneio hípico com encenação de lutas entre mouros e cristãos.
Conforme a tradição oral, a Cavalhada vem de Carlos Magno e dos torneios que os Doze Pares de França realizavam nos momentos de descanso entre as lutas empreendidas.
O município de Santo Antônio da Patrulha é reconhecido pela riqueza, esmero e fidelidade quanto à indumentária usada pelos guerreiros.
Espetáculo de dançarinos mascarados. No Baile de Masquê, somente homens dançam com máscara e alguns fantasiados de mulher. Estes bailes surgiram na Idade Média, quando os padres proibiram as pessoas de dançarem em público.
Como a população não respeitava essa proibição, os padres permitiram somente que os homens participassem, pois consideravam lasciva a dança das mulheres em público.
D.Maria I, Rainha de Portugal, durante seu reinado também proibiu as mulheres de subirem aos palcos. Então começaram a surgir apresentações de ruas, quando eram usadas máscaras e alguns homens vestiam-se de mulher.
No Baile de Masquê, as máscaras são as mais bizarras possíveis. Nas roupas masculinas destacam-se as bombachas floreadas, calças com listras largas, xadrez exagerado, fraque estilizado, sapato com polaina e chapéu de palha.
Na indumentária feminina são usados vestidos longos, sapatos de salto alto, brincos, pulseiras, colares e perucas.