Conta-se que no período de 1893-1895, houve uma revolução entre dois partidos: Federalistas e Republicanos. Os patrulhenses foram convidados a defender o partido Republicano, mas foram vencidos pelos federalistas, ficando sobre o comando de um chefe muito cruel Chachá Pereira, apelidado de Xaxá.
Nesta ocasião vieram do interior, em socorro dos republicanos, sete jovens.
Ao chegarem perto do local dos combates, ouviram falar nas crueldades do Xaxá e fugiram muito assustados. Mas, chegando em casa, seus pais ficaram com receio que Xaxá perseguisse suas famílias e resolveram trazer seus filhos de volta esperando que fossem compreendidos e perdoados.
Mas, mal eles viraram as costas, o malvado chefe mandou acorrentar os sete moços e castigá-los até correr sangue. Depois disso, mandou levá-los pela atual rua Maurício Cardoso que vai até o lugar onde fica o cemitério. Lá chegando, os sete moços tiveram que abrir uma grande cova, depois foram enfileirados para serem fuzilados. Assim foram derrubados um por um, ainda vivos, dentro da sepultura. Quando caiu o último, xaxá mandou que os soldados fechassem a cova. Ainda hoje este túmulo é cuidado por pessoas e existem lendas atribuindo milagres ao Sete Fuzilados.
A homenagem aos sete rapazes encontra-se no Cemitério Municipal.
Há lendas atribuindo milagres aos Sete Fuzilados.
Com suas águas turvas e agitadas, a Lagoa dos Barros, no Rio Grande do Sul, inspira temor naqueles que se aproximam e já foi tema de inúmeras histórias de assombração.
Há quem diga que existe uma cidade submersa no local e que, em dias de ventos fortes, é possível até mesmo ouvir os sinos de uma igreja escondida na escuridão.
Para outros, um feitiço amaldiçoou a lagoa, impossibilitando que qualquer ser vivo fique por lá. Alguns moradores alertam para outro perigo iminente: o redemoinho, que sugaria qualquer um que tentasse nadar naquelas águas.
Há uma lenda envolvendo a Lagoa dos Barros: o caso da noiva-cadáver, Maria Luiza (17 anos) que teria sido morta pelo seu namorado e desde então o seu vulto, vestido de branco, assombra os visitantes.
A história surgiu de um crime real na década de 1930. Uma moça foi encontrada morta na lagoa. Para espanto dos que a encontraram, a jovem permanecia intacta, mesmo depois de dois dias submersa.
Não se sabe o real desfecho, mas a versão mais comentada é de que, logo após a cerimônia do casamento, os noivos foram passear pela lagoa e o homem, talvez possuído pelos espíritos malignos do lugar, enforcou a esposa com o próprio véu.
Outro rumor diz que um motorista da família, apaixonado e não correspondido, teria assassinado Maria Luísa e jogado o seu corpo na lagoa.
Uma versão mais atual da história revela que Maria Luiza foi assinada em Porto Alegre por motivo de ciúmes do namorado durante um baile na Sociedade Germânia, que, posteriormente, confessou, pressionado pela polícia, ter ocultado o cadáver na Lagoa dos Barros, na estrada atual BR-290 (Freeway), nas proximidades da antiga Usina Açucar Gaúcha (AGASA).
Muitos caminhoneiros, que precisam passar pela região, afirmam ter visto o seu espírito dançando sobre as águas, em uma apresentação bonita, mas assustadora. Outros dizem até mesmo ter dado carona para a jovem, que, como fumaça, desapareceu magicamente.
Conta outra lenda que, durante a 2ª. Guerra Mundial, as mulheres que lavavam roupas da casa na Gruta Nossa Senhora de Lourdes, onde há uma vertente natural então considerada prodigiosa, faziam orações e promoviam arrecadações para ajudar os soldados brasileiros na luta junto aos Aliados. No local, havia cobras cipós (cobras verdes) que as acompanhavam, fazendo malabarismo nos galhos das árvores, sem importunar as lavadeiras.